Você viu a notícia sobre o governo autorizar a contratação de mais de 39 mil temporários pelo IBGE? Eu também fiquei curioso e resolvi entender melhor o que está acontecendo, quem pode se beneficiar e por que esses números são tão importantes. Se você está pensando em concorrer, quer saber como esses censos afetam a vida cotidiana ou simplesmente gosta de ficar por dentro das novidades do serviço público, este texto é pra você.
Um panorama rápido: o que está sendo contratado?
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recebeu autorização para contratar 39.108 profissionais temporários. As vagas estão divididas entre dois grandes projetos:
- Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola 2025 – coleta de dados sobre produção agrícola, áreas florestais e recursos aquícolas.
- Censo da População em Situação de Rua – levantamento da população sem moradia fixa, um tema que tem ganhado muita atenção nos últimos anos.
A maior parte das oportunidades (27.330) é para o cargo de recenseador, responsável por ir às casas, fazendas ou áreas públicas e registrar as informações solicitadas. Além disso, há vagas para supervisores, agentes de pesquisa, mapeamento e controle de qualidade.
Por que o IBGE precisa de tanto pessoal?
Os censos são a base de políticas públicas no Brasil. Quando o IBGE coleta dados sobre produção agrícola, por exemplo, o governo usa essas informações para definir linhas de crédito, programas de apoio ao pequeno produtor e até metas de exportação. No caso do censo da população em situação de rua, os números ajudam a direcionar recursos para abrigos, saúde e programas de reintegração.
Mas a realidade é que esses levantamentos são gigantescos e exigem força‑trabalho massiva. Cada recenseador costuma atender a uma área geográfica limitada, mas são milhares de áreas espalhadas por todo o país. Por isso, a contratação temporária em escala nacional faz sentido: garante que o levantamento seja feito de forma rápida, padronizada e com qualidade.
Como funciona o processo seletivo?
O edital ainda não foi publicado, mas a portaria já define alguns passos que costumam ser seguidos:
- Divulgação ampla: o edital deve ser publicado em até seis meses a partir da data da portaria.
- Seleção simplificada: normalmente inclui prova objetiva, teste de aptidão física (para recenseadores que precisam percorrer longas distâncias) e avaliação de documentos.
- Remuneração: será definida pelo IBGE conforme a legislação vigente. Como são vagas temporárias, o salário costuma ser competitivo para atrair candidatos de diferentes regiões.
Se você tem interesse, vale ficar de olho no site oficial do IBGE e nos portais de concursos públicos. Também é bom preparar um currículo focado em habilidades como comunicação, organização e resistência física.
O que isso representa para quem está no mercado de trabalho?
Para quem busca uma oportunidade rápida, a contratação temporária do IBGE pode ser um caminho interessante por alguns motivos:
- Experiência prática: trabalhar em campo, lidar com dados reais e entender a realidade de diferentes regiões do país.
- Portfólio: ter no currículo uma experiência com uma instituição reconhecida como o IBGE pode abrir portas em áreas de pesquisa, planejamento e até no setor privado.
- Renda extra: apesar de temporário, o contrato costuma ter boa remuneração, o que ajuda a equilibrar o orçamento pessoal.
- Rede de contatos: você vai conviver com profissionais de várias áreas – geógrafos, economistas, sociólogos – e isso pode gerar oportunidades futuras.
Claro, tem desafios: o trabalho pode ser fisicamente exigente, especialmente nas áreas rurais ou em regiões de difícil acesso. Também exige disciplina para cumprir prazos e garantir a qualidade dos dados coletados.
Impactos na sociedade: por que esses números importam?
Quando falamos de censos, a primeira coisa que vem à mente são números e planilhas. Mas, na prática, esses dados são a base para decisões que afetam diretamente a vida de cada cidadão. Veja alguns exemplos:
- Política agrícola: o Censo Agropecuário informa quantas famílias dependem da agricultura familiar, quais culturas são predominantes e onde há necessidade de investimento em infraestrutura.
- Gestão ambiental: o levantamento florestal ajuda a monitorar desmatamento, áreas de conservação e a planejar projetos de reflorestamento.
- Assistência social: o Censo da População em Situação de Rua fornece dados essenciais para criar políticas de habitação, saúde mental e inclusão laboral.
Sem esses dados, o governo teria que tomar decisões baseadas em estimativas ou informações desatualizadas, o que pode gerar desperdício de recursos e políticas ineficazes.
Dicas práticas para quem vai concorrer
Se você já decidiu que quer participar, aqui vão algumas sugestões que aprendi ao acompanhar concursos:
- Monte um plano de estudos: divida o conteúdo em blocos (raciocínio lógico, português, conhecimentos gerais) e reserve horas diárias.
- Treine a prova física: caminhe longas distâncias, faça exercícios de resistência e avalie seu condicionamento. Isso pode ser decisivo.
- Fique atento às datas: o edital pode ser publicado a qualquer momento dentro do prazo de seis meses. Cadastre-se em alertas de sites de concursos.
- Prepare a documentação: tenha RG, CPF, comprovante de residência e, se houver, certificado de conclusão de ensino médio ou superior em mãos.
Além disso, participe de grupos de estudo online. Trocar dúvidas com quem está na mesma jornada costuma acelerar o aprendizado.
Olhar para o futuro
Essas 39 mil vagas são apenas a primeira fase de um processo que pode se repetir nos próximos anos. O Brasil ainda tem muitos dados a serem coletados e o IBGE tem planos de modernizar seus levantamentos, usando mais tecnologia (apps, drones, IA). Quem entrar agora pode se beneficiar de futuras capacitações e até de oportunidades de efetivação, caso o instituto decida abrir novos concursos.
Em resumo, a contratação temporária do IBGE representa uma janela de oportunidade para quem busca experiência, renda e, ao mesmo tempo, quer contribuir para o desenvolvimento do país. Se você está em busca de um novo desafio, vale a pena considerar essa possibilidade. E, mesmo que não se candidate, entender como esses censos funcionam nos ajuda a perceber a importância dos números que, muitas vezes, passam despercebidos nas manchetes.
Fique de olho nos próximos anúncios, prepare-se com antecedência e, quem sabe, você pode estar na linha de frente coletando os dados que vão moldar o Brasil dos próximos anos.




