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Tarciana Medeiros: a mulher que está mudando a cara do Banco do Brasil e conquistando o mundo

Tarciana Medeiros: a mulher que está mudando a cara do Banco do Brasil e conquistando o mundo

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Quando li que Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, foi eleita a 18ª mulher mais poderosa do mundo pela Forbes, confesso que senti um misto de orgulho e curiosidade. Orgulho, porque é a primeira mulher a comandar uma instituição que tem mais de dois séculos de história; curiosidade, porque a trajetória dela parece tirada de um filme, mas é real, feita de esforço, coragem e algumas escolhas bem estratégicas.

Por que essa notícia importa para a gente?

Talvez você se pergunte: “E o que isso tem a ver com a minha vida cotidiana?” A resposta é simples: líderes como Tarciana influenciam decisões que afetam bancos, crédito, investimentos e até políticas de sustentabilidade no Brasil. Quando ela fala em financiar energia renovável ou ampliar o acesso a serviços bancários, isso pode mudar a forma como você investe, como paga o financiamento do carro ou até como a sua empresa recebe crédito.

Como a Forbes monta o ranking?

A revista leva em conta três pilares principais: visibilidade, fortuna e influência. Para políticas, o PIB e a população do país entram na conta. Já para empresárias, o critério muda para receita da empresa e número de funcionários. No caso de Tarciana, o Banco do Brasil tem mais de 100 mil funcionários, movimenta dezenas de bilhões por dia e tem presença em praticamente todo o território nacional. Isso já coloca a presidência do BB em um patamar de influência enorme.

Os números que impressionam

  • 22ª edição da lista Forbes 2025.
  • 18ª posição entre as 100 mulheres mais poderosas do planeta.
  • Única brasileira na lista deste ano.
  • Em 2024, Tarciana já ocupava a mesma posição, mostrando consistência.

Um pouco da história de Tarciana

Para entender o porquê da sua relevância, vale revisitar a trajetória dela dentro do BB. Começou como feirante em 1988 – sim, vendendo produtos em uma feira. Dez anos depois, virou professora, e em 2000 entrou no Banco do Brasil como funcionária de nível operacional. Passou por agências no Norte, Nordeste e na capital federal, subindo degrau por degrau.

Alguns marcos:

  • Superintendente comercial da BB Seguridade: desenvolveu modelos de vendas que aumentaram a penetração de seguros.
  • Gerente executiva (2021): liderou equipes que analisavam o comportamento de consumo, ajudando a expandir a base de clientes.
  • Presidência (jan/2023): primeira mulher à frente do banco em 215 anos.

Formação? Administração, com pós em marketing, liderança, inovação e gestão. Não é só currículo; são as escolhas de carreira que mostram resiliência e visão estratégica.

O que a Forbes destaca na liderança de Tarciana

Além da posição no ranking, a revista chama Tarciana de “defensora apaixonada” de políticas ambientais. Em 2023, ela subiu ao palco da Assembleia Geral da ONU e pediu mais financiamento para empresas sustentáveis. Pouco depois, firmou uma parceria de US$ 250 milhões entre o BB e o Banco Interamericano de Desenvolvimento para projetos de energia renovável e infraestrutura sustentável.

Esse movimento tem duas consequências diretas para nós, leitores:

  1. Mais crédito para projetos verdes: se você tem uma startup de energia solar ou quer investir em um negócio que use fontes limpas, pode encontrar linhas de crédito mais atrativas.
  2. Impacto no preço dos produtos: ao financiar energia limpa, há a possibilidade de redução de custos operacionais nas indústrias, o que pode refletir em preços mais baixos para o consumidor final.

Como a presença de uma mulher no topo do BB pode inspirar outras mulheres

O fato de Tarciana ser a única brasileira entre as 100 mulheres mais poderosas não é só um número; é um sinal de que ainda há muito caminho a percorrer. Mas também serve de exemplo: se ela conseguiu subir de feirante a presidente de um dos maiores bancos da América Latina, outras podem acreditar que também é possível.

Algumas lições que podemos tirar:

  • Não subestime o início: cada experiência, até a de vender produtos em feira, desenvolve habilidades de negociação e relacionamento.
  • Invista em educação contínua: pós-graduações e cursos de especialização foram fundamentais para abrir portas.
  • Seja flexível geograficamente: mudar de região, como fez entre Norte, Nordeste e Brasília, amplia a rede de contatos e o entendimento do mercado.
  • Alinhe carreira a causas maiores: ao focar em sustentabilidade, ela ganhou visibilidade internacional.

O que vem pela frente?

Olhar para o futuro do Banco do Brasil sob a liderança de Tarciana nos permite fazer algumas previsões:

  • Digitalização acelerada: já há sinais de investimento em fintechs e em plataformas digitais para facilitar o acesso ao crédito.
  • Expansão de produtos verdes: mais linhas de financiamento para energia renovável, agricultura sustentável e mobilidade elétrica.
  • Inclusão financeira: iniciativas para levar serviços bancários a comunidades rurais ainda desatendidas.

Se esses projetos avançarem, o impacto será sentido não só pelos grandes empresários, mas também por pequenos comerciantes, agricultores e consumidores finais.

Conclusão: por que devemos prestar atenção

Em resumo, a eleição de Tarciana Medeiros como a 18ª mulher mais poderosa do mundo não é apenas um título de revista. É um indicativo de que o Banco do Brasil está se reposicionando, que a sustentabilidade está entrando de cabeça nas decisões de crédito e que o caminho para a igualdade de gênero nas altas esferas corporativas ainda pode ser trilhado, passo a passo.

Para quem acompanha o mercado financeiro, acompanha políticas de desenvolvimento sustentável ou simplesmente busca inspiração para a própria carreira, a história de Tarciana oferece insights valiosos. E, claro, nos lembra que, às vezes, o futuro pode começar em uma banca de feira.