Um nome que vem de longe
Quando eu li que a Coca‑Cola nomeou Henrique Braun como novo CEO global, a primeira coisa que pensei foi: “Uau, finalmente um brasileiro no topo da maior empresa de bebidas do mundo!” Não é todo dia que a gente vê alguém que nasceu nos Estados‑Unidos, cresceu no Brasil e acabou comandando uma corporação que está presente em quase todos os cantos do planeta.
Quem é Henrique Braun?
Ele tem quase 30 anos de história dentro da Coca‑Cola, começando como trainee em 1996 na área de Engenharia Global, em Atlanta. Desde então, o caminho foi quase um tour mundial: Estados‑Unidos, Europa, Ásia, América Latina. Ele chegou a liderar a operação da Coca‑Cola para a Grande China e Coreia do Sul entre 2013 e 2016, depois foi presidente da Coca‑Cola Brasil (2016‑2020) e, mais recentemente, chefe da Coca‑Cola América Latina até 2022.
Formado em Engenharia Agronômica pela UFRRJ, com mestrado em ciência pela Michigan State University e um MBA pela Georgia State University, Braun combina conhecimento técnico e visão de negócios – uma combinação que tem sido cada vez mais valorizada no mundo corporativo.
Por que a escolha faz sentido agora?
O conselho da Coca‑Cola decidiu promover Braun ao cargo de CEO a partir de 31 de março de 2026, substituindo James Quincey, que ficará como chairman executivo. A decisão não foi feita ao acaso. Braun já ocupou a posição de COO (Chief Operating Officer) em 2025, onde ficou responsável por todos os mercados da empresa. Essa experiência lhe deu uma visão panorâmica das diferentes realidades de consumo, logística e concorrência que a Coca‑Cola enfrenta.
Além disso, a empresa está num momento de transformação: o consumidor está cada vez mais preocupado com saúde, açúcar e sustentabilidade. Nos últimos anos, a Coca‑Cola investiu pesado em bebidas sem açúcar, produtos premium, água com gás, cafés, leites vegetais e energéticos. Braun promete “dar continuidade ao impulso que construímos com nosso sistema” e “trabalhar em parceria com os engarrafadores”. Em outras palavras, ele quer aprofundar as estratégias já em andamento, mas com a energia de quem conhece a operação de dentro para fora.
O que isso significa para o Brasil?
- Visibilidade internacional: Ver um brasileiro no comando da Coca‑Cola pode inspirar milhares de profissionais que sonham em chegar ao topo de multinacionais.
- Potencial de investimento: Braun tem um histórico de impulsionar negócios na América Latina. Isso pode abrir portas para novos investimentos, parcerias e até linhas de produção aqui no país.
- Foco em sustentabilidade: A Coca‑Cola tem metas ambiciosas de redução de pegada de carbono e uso de água. Com alguém que conhece bem a realidade brasileira, essas metas podem ganhar um ritmo mais acelerado.
- Inovação de produtos: O mercado brasileiro tem se mostrado fértil para bebidas com menos açúcar e sabores locais. Braun pode usar esse conhecimento para lançar novidades globais.
Desafios que ele vai enfrentar
Não é só glamour. O CEO da Coca‑Cola tem que lidar com uma série de questões delicadas:
- Concorrência acirrada: Empresas como PepsiCo, Nestlé e marcas regionais estão investindo pesado em portfólio diversificado.
- Pressão regulatória: Muitos países estão taxando açúcar ou impondo restrições à publicidade de bebidas.
- Logística complexa: A cadeia de suprimentos da Coca‑Cola envolve milhares de engarrafadores independentes. Manter tudo alinhado é um desafio diário.
- Expectativas de acionistas: Desde que James Quincey assumiu, as ações da empresa subiram quase 63%. Braun terá que manter ou melhorar esse desempenho.
Mas, se a trajetória dele até aqui serve de indicativo, ele já tem experiência em lidar com esses pontos. Lembre‑se que ele já comandou a operação da Grande China – um mercado extremamente complexo – e também foi responsável por regiões tão distintas quanto a África e o Oriente Médio.
Como isso impacta o seu dia a dia?
Talvez você esteja se perguntando: “E eu, que não trabalho na Coca‑Cola, como isso me afeta?” A resposta está no efeito cascata que grandes decisões corporativas têm na economia:
- Produtos nas prateleiras: Se a Coca‑Cola decidir investir mais em linhas de bebidas saudáveis, você verá mais opções de água com gás, chás e cafés nas geladeiras.
- Preços: Estratégias de eficiência operacional podem refletir em preços mais estáveis para o consumidor final.
- Empregos: Expansões ou novos investimentos podem gerar vagas, seja em fábricas, logística ou marketing.
- Sustentabilidade: Metas de redução de plástico e água podem influenciar políticas públicas e práticas de reciclagem nas cidades.
Então, mesmo que você não seja fã de refrigerantes, a liderança de Braun tem o potencial de mudar hábitos de consumo e até a forma como as empresas se relacionam com o meio ambiente.
O que podemos esperar nos próximos anos?
Eu imagino que os próximos cinco anos serão marcados por três grandes tendências sob a batuta de Braun:
- Digitalização da experiência do consumidor: Apps, personalização de sabores e campanhas interativas podem ganhar força.
- Portfólio ainda mais diversificado: Bebidas funcionais, com probióticos ou vitaminas, podem entrar no mix global.
- Compromisso ambiental mais rígido: Metas de neutralidade de carbono, uso de embalagens recicláveis e redução de água são quase obrigatórias.
Se tudo acontecer como ele indica, a Coca‑Cola não será apenas a “bebida do verão”, mas um conjunto de soluções de hidratação e energia para diferentes estilos de vida.
Conclusão
Henrique Braun representa mais que um avanço de carreira; ele simboliza a crescente presença de talentos brasileiros em posições de liderança global. Para quem acompanha o mundo corporativo, a nomeação dele é um sinal de que a Coca‑Cola está apostando em quem entende tanto o mercado local quanto o internacional.
Eu, pessoalmente, estou curioso para ver como ele vai equilibrar tradição e inovação. E você? Que mudanças gostaria de ver nas próximas campanhas da Coca‑Cola? Deixe seu comentário e vamos conversar!




